Consenso Predomina ao Final da Cúpula da Paz na Ucrânia
Na Cúpula sobre a Paz na Ucrânia, realizada na Suíça durante o último fim de semana com a participação de mais de cem países, a grande maioria dos presentes concordou que o diálogo entre as partes e o respeito pela integridade territorial da Ucrânia são essenciais para acabar com o conflito. Na declaração final, 79 nações assinaram um documento conjunto em prol da paz ucraniana, incluindo os dirigentes europeus e o Conselho da Europa, destacando a importância de preservar a soberania, a independência e a integridade territorial de todos os Estados.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou sua visão de que Moscou não está preparado para uma paz justa. Ele enfatizou a necessidade de focar nos esforços internos e firmou acordos preliminares com diversos países para avançar em direção ao fim do conflito durante uma segunda conferência de paz.
A declaração final dos signatários estabeleceu vários pontos, incluindo a garantia de que o uso de energia e instalações nucleares seja seguro, protegido e ambientalmente responsável. Foi enfatizado que qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto do conflito ucraniano é inaceitável. Também foram abordadas questões como segurança alimentar, a libertação de prisioneiros e deportados, incluindo crianças, além do acesso aos portos marítimos nos mares Negro e de Azov.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou o apoio incondicional da União Europeia à Ucrânia e enfatizou a importância de buscar um caminho para o fim do conflito, apesar da falta de unanimidade na declaração final.
A Carta das Nações Unidas, que enfatiza o respeito à integridade territorial e soberania de todos os Estados, foi citada como base para alcançar uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia, conforme discutido na conferência.
O comunicado final não teve o apoio do grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, sendo que os dois últimos estavam ausentes, além de outras nações como Arábia Saudita, México e Emirados Árabes Unidos.
O Kremlin, através de seu porta-voz Dmitri Peskov, afirmou que a cúpula não gerou resultados significativos, descrevendo-a como praticamente sem efeitos concretos. No entanto, ressaltou a disposição do presidente russo em manter-se aberto ao diálogo e a discussões substanciais, enfatizando a necessidade da presença da Rússia para qualquer discussão séria sobre o futuro do conflito.
Redação ANH
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