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Maceió,24/08/2025

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MPF aponta execuções em operação policial que matou 26 suspeitos em Minas Gerais

Assessoria
MPF aponta execuções em operação policial que matou 26 suspeitos em Minas Gerais Cinco mortes investigadas: polícia é denunciada por execuções em operação contra “novo cangaço”.

MPF denuncia policiais por execuções em operação que deixou 26 mortos em Varginha (MG)

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou seis policiais rodoviários federais e quatro policiais militares de Minas Gerais por participação em uma operação conjunta em Varginha (MG), realizada em 2021, que resultou na morte de 26 suspeitos de integrar uma quadrilha conhecida como “novo cangaço”, especializada em assaltos a bancos e ataques violentos em cidades.

De acordo com a denúncia, apresentada à Justiça Federal em 15 de agosto, os agentes são responsabilizados por cinco das mortes, nas quais foram identificados indícios de execução e fraude processual, incluindo a simulação de resistência e alteração da cena do crime. Sobre as outras 21 mortes, o MPF considerou a ação policial legítima, tratando-se de defesa preventiva, e arquivou a investigação. O processo corre sob sigilo.

A operação

O episódio ocorreu em outubro de 2021, quando equipes da Polícia Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais, invadiram dois sítios em Varginha. Segundo as investigações, os locais eram utilizados por suspeitos que planejavam ataques ao estilo “novo cangaço” ou tentavam dominar áreas urbanas, prática conhecida como “domínio de cidade”.

A operação resultou na morte de 26 pessoas e na apreensão de armas, munições e explosivos. Policiais que participaram do ataque afirmaram que houve troca de tiros, mas nenhum agente ficou ferido. A perícia da Polícia Federal, no entanto, constatou que os suspeitos foram executados, sem oferecer resistência.

Ao todo, foram encontradas 310 cápsulas no local. Apenas 20 delas pertenciam às armas dos suspeitos, e a investigação aponta que alguns disparos foram simulados para simular confronto. A Polícia Federal solicitou o indiciamento de 22 PRFs e 16 PMs, por crimes como homicídio, fraude processual e tortura.

Execuções e vítimas

O MPF detalhou que cinco mortes configuraram execuções, pois as vítimas não ofereciam risco aos agentes. Dois desses homens já haviam sido rendidos horas antes em um posto de combustível, segundo imagens de câmeras de segurança incluídas no inquérito. Os três casos restantes envolveram suspeitos que tentaram fugir durante a invasão a um dos sítios.

A denúncia afirma que, nessas cinco mortes, houve ação direta e planejada dos policiais, enquanto nas outras 21, a operação teria ocorrido no contexto de legítima defesa preventiva.

Contexto e repercussão

O caso chamou atenção nacional por sua gravidade e pelo número elevado de mortos em uma única ação policial. O “novo cangaço” é conhecido por ataques violentos a cidades e instituições financeiras, e operações desse tipo envolvem grande risco para agentes e civis. A denúncia do MPF abre espaço para o debate sobre limites da ação policial e uso da força letal, especialmente em operações que resultam em execuções comprovadas.

Redação ANH/MG




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