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Maceió,28/04/2025

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Açude Orós volta a sangrar após 14 anos no Ceará

Assessoria
Açude Orós volta a sangrar após 14 anos no Ceará O Açude Orós pode armazenar até 1,9 bilhão de metros cúbicos de água. Foto: Ismael Soares

A tão aguardada expectativa no interior do Ceará se confirmou: o Açude Orós, o segundo maior do estado, voltou a sangrar na noite deste sábado (26), após 14 anos. A Prefeitura de Orós compartilhou o registro do momento nas redes sociais.

A sangria do açude é motivo de festa para a população e ainda traz uma coincidência curiosa: em 2011, a última vez em que o Orós havia transbordado, o fenômeno também aconteceu em abril, no dia 27.

Durante a noite, dezenas de pessoas se reuniram às margens do açude à espera da sangria, como mostram imagens nas redes sociais. A Prefeitura organizou uma celebração especial, com música ao vivo, feira gastronômica e exposição de artesanato, animando o público presente.

Desde o início da quadra chuvosa, em fevereiro, crescia a esperança de que o Orós, situado a 450 km de Fortaleza, voltasse a verter. Em 2024, o reservatório já apresentava uma boa recuperação, encerrando o ano anterior com 58,72% da sua capacidade total, segundo o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Com a continuidade das chuvas em 2025, o açude foi recebendo recargas expressivas e, em muitos dias, registrou o maior volume diário entre os reservatórios do estado.

O crescente volume e a possibilidade de sangria movimentaram a economia e o turismo locais, atraindo moradores e visitantes de cidades vizinhas, que foram ver de perto o Orós, novamente repleto de água.

O reservatório tem capacidade para armazenar 1,9 bilhão de metros cúbicos de água. Até 2002, era o maior do Ceará, antes da construção do Castanhão, que comporta 6,7 bilhões de m³. Com a sangria atual, as águas do Orós reforçam o fluxo do Rio Jaguaribe e também contribuem para abastecer o próprio Castanhão.

Histórico recente

Após a sangria de 2011, o volume do Orós foi caindo ano após ano, refletindo a longa seca que castigou o Ceará entre 2012 e 2018 — em algumas áreas, até 2020. Em 2020, o açude atingiu seu pior nível, com apenas 4,73% da capacidade. Desde então, vem se recuperando.

A medição do volume do Orós é feita tanto pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), que administra o açude, quanto pela Cogerh. Cada órgão adota métodos distintos para registrar a sangria.

Usos do Orós

Integrando a Bacia do Alto Jaguaribe, o Açude Orós é essencial para a irrigação, abastecimento, piscicultura e para a perenização do Rio Jaguaribe.

Na última reunião do Comitê de Bacia, em março, foi avaliado que a operação do açude em 2024 foi positiva: a vazão operada ficou em 4.442 litros por segundo, dentro do volume alocado de 4.500 litros por segundo. Para este ano, foi definida uma vazão média de 1,5 m³/s.

O transbordamento do Orós é um momento histórico, marcando a recuperação das reservas hídricas e trazendo novas perspectivas para toda a região.

Redação ANH/CE




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