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Maceió,02/08/2025

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No Piauí, operação apura exclusão irregular de 2 mil multas por servidores da Strans

Assessoria
No Piauí, operação apura exclusão irregular de 2 mil multas por servidores da Strans Polícia apura envolvimento de servidores da Strans em fraude que apagou 2 mil multas. Fotos: Polícia Civil

Polícia Civil do Piauí desmonta esquema que apagou mais de 2 mil multas de trânsito da STRANS

Uma operação da Polícia Civil do Piauí deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) revelou um esquema de fraude dentro da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS), em Teresina, envolvendo a exclusão indevida de mais de duas mil multas de trânsito do sistema. Batizada de Operação Reset, a ação teve como alvos servidores públicos e funcionários terceirizados suspeitos de participação nas irregularidades.

Multas apagadas e prejuízo milionário

Segundo o Departamento de Combate à Corrupção (Deccor), entre fevereiro e junho de 2024, foram ilegalmente excluídas 2.215 infrações de trânsito. A manobra beneficiou motoristas infratores e causou um prejuízo estimado em mais de R$ 503 mil aos cofres do município de Teresina.

As investigações apontam ainda que o esquema resultou na eliminação de 12.393 pontos nas carteiras de habilitação dos condutores favorecidos, o que comprometeu não apenas a arrecadação, mas também a segurança do trânsito, já que motoristas reincidentes escaparam de punições legais.

Mandados cumpridos e suspeitos identificados

A Operação Reset cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária. Os mandados foram autorizados pela Justiça após a Polícia reunir indícios de envolvimento direto de servidores da STRANS e de funcionários terceirizados que atuavam com acesso aos sistemas da autarquia.

De acordo com o delegado Ferdinando Martins, coordenador do Deccor, os autores das exclusões já foram identificados. Agora, o foco da investigação é apurar se houve participação de autoridades hierarquicamente superiores ou se o esquema teve motivação política.


“Queremos entender se os envolvidos agiram por conta própria ou se seguiram ordens superiores. Há indícios que nos levam a investigar a possível interferência política no caso”, afirmou o delegado.


Crimes e penalidades

Os investigados poderão responder por inserção ou exclusão indevida de dados em sistema de informação pública, crime previsto no Código Penal com pena de até 12 anos de prisão, além de associação criminosa e outras infrações relacionadas à prática de atos ilegais no serviço público.

A Polícia Civil destacou que a ação faz parte dos esforços para combater a corrupção e reforçar a integridade dos serviços prestados pela administração pública.

Strans se manifesta e responsabiliza gestão anterior

Em nota oficial, a STRANS informou que está colaborando com as investigações e destacou que os fatos investigados ocorreram durante a gestão anterior da Prefeitura de Teresina. A atual administração diz apoiar a apuração completa dos acontecimentos e defende a responsabilização dos envolvidos.


“Desde que foi comunicada sobre a Operação Reset, a STRANS tem colaborado com os investigadores, com o compromisso de que a verdade prevaleça e que a Justiça seja feita em nome da população teresinense”, diz a nota.


Investigação continua

As diligências foram realizadas com apoio da Diretoria Especializada em Operações Policiais (DEOP) e da Seccional 2 – Divisão 2 da Polícia Civil. A Operação Reset é parte de uma série de ações que visam desmantelar esquemas de corrupção no serviço público estadual.

A polícia não descarta novas prisões e reforça que a população pode colaborar com as investigações por meio de denúncias anônimas. O caso segue em apuração.

Redação ANH/PI




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