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Maceió,09/08/2025

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Obras do PAC Educação podem ser canceladas em cinco cidades do Ceará por problemas administrativos

Assessoria
Obras do PAC Educação podem ser canceladas em cinco cidades do Ceará por problemas administrativos Situação segue em negociação com a Caixa Econômica Federal. Foto: Divulgação / FNDE

Pendências documentais colocam em risco obras do PAC Educação em cinco cidades do Ceará

Cinco municípios cearenses — Fortaleza, Pacajus, Marco, Tianguá e Pindoretama — podem perder investimentos em obras de creches, escolas de educação infantil e unidades de ensino em tempo integral previstas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O motivo é a falta de regularização de documentos exigidos pelo Governo Federal para que os projetos saiam do papel.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela execução das obras. Mantém um painel atualizado diariamente com as propostas enquadradas na chamada “cláusula suspensiva” — um dispositivo que autoriza a assinatura de contratos mesmo sem toda a documentação obrigatória, desde que os documentos pendentes sejam apresentados dentro de um prazo pré-estabelecido.

Sem essa regularização, as obras ficam travadas na fase inicial e podem ser canceladas, o que representaria perda de recursos e de vagas na rede pública de ensino.

Situação nos municípios

De acordo com a atualização mais recente, feita nesta quarta-feira (6), os prazos de entrega das documentações variam entre 24 de agosto e 30 de novembro de 2025. Pindoretama é o único município que possui duas obras nessa condição.

A relação do FNDE aponta que:



  • Fortaleza já enviou a documentação e aguarda análise;




  • Pindoretama, Marco e Tianguá tiveram seus documentos analisados, mas ainda com pendências;




  • Pacajus não enviou a documentação para análise.



Atualmente, os prazos definidos pelo FNDE para que cada cidade resolva as pendências são:



  • 24 de agosto — Marco




  • 27 de agosto — Tianguá




  • 28 de agosto — Fortaleza e Pindoretama




  • 30 de novembro — Pacajus



Mesmo que os prazos se esgotem, ainda há possibilidade de negociação. O FNDE informou que as prefeituras poderão procurar a Caixa Econômica Federal, agente financiador, para tentar viabilizar a regularização.

O que dizem as prefeituras

A Prefeitura de Pindoretama declarou, em nota, que as pendências são de natureza técnica e documental, e que o prazo inicial de 29 de julho foi prorrogado por mais 30 dias. Segundo a gestão, todas as notificações e solicitações enviadas pelo FNDE e pela Caixa têm sido respondidas com agilidade.

Já o secretário da Educação de Fortaleza, Idilvan Alencar, afirmou que a documentação enviada está em análise e que deve ser aprovada nos próximos dias. Ele destacou que apenas um Centro de Educação Infantil (CEI) precisou de ajustes devido à troca de terreno e que não há outras pendências no município.

As demais prefeituras não responderam aos questionamentos até o fechamento desta matéria.

Histórico de problemas

Essa não é a primeira vez que o Ceará enfrenta dificuldades para regularizar obras do PAC Educação. Em março deste ano, o estado liderava o ranking nacional de pendências documentais, com 59 obras em situação irregular — incluindo creches e escolas de tempo integral.

Na ocasião, o Governo Federal reforçou o alerta de que os projetos não regularizados seriam cancelados e que municípios inadimplentes poderiam ter restrições para apresentar novas propostas nas próximas etapas do programa. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) também orientou as gestões a verificarem o status de seus projetos na plataforma do FNDE para evitar prejuízos.

O que está em jogo

O Novo PAC Educação, Ciência e Tecnologia é um dos eixos estratégicos do programa federal de investimentos que prevê a aplicação de R$ 1,8 trilhão até 2026 em diferentes áreas, como transporte, saúde, infraestrutura e energia.

No caso da educação, os recursos são destinados à construção e ampliação de unidades escolares, creches, centros de educação infantil e escolas em tempo integral. A expectativa do Governo Federal é que essas obras ampliem a oferta de vagas e melhorem a qualidade do ensino, especialmente em regiões com déficit de infraestrutura.

Se as pendências não forem solucionadas, as cidades correm o risco de perder obras que já estão contratadas, o que pode atrasar, por anos, a ampliação da rede de ensino e o atendimento a crianças e jovens.

Redação ANH/CE




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