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Maceió,24/08/2025

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Morte de repórteres em Gaza intensifica denúncias de ataques contra imprensa

Assessoria
Morte de repórteres em Gaza intensifica denúncias de ataques contra imprensa Bombardeio atinge equipe da Al Jazeera em Gaza; correspondente Anas al-Sharif está entre mortos. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI) matou, na segunda-feira (11), cinco profissionais da emissora Al Jazeera na Faixa de Gaza, incluindo o correspondente Anas al-Sharif, de 28 anos, reconhecido por suas reportagens diretas da linha de frente. A ofensiva ocorreu nas proximidades do Hospital Al-Shifa, no leste da Cidade de Gaza, e foi confirmada pelo próprio Exército israelense como uma ação intencional. Outras duas pessoas que estavam no local também morreram.

Em comunicado, Israel afirmou que Sharif liderava uma célula do grupo Hamas e teria envolvimento em ataques contra o território israelense. A Al Jazeera, no entanto, refutou categoricamente as acusações, alegando que não há provas que sustentem a narrativa militar. A emissora divulgou ainda uma mensagem póstuma deixada pelo jornalista nas redes sociais, na qual ele declara nunca ter “hesitado em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação”.

Organizações internacionais, como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), condenaram o bombardeio, classificando-o como uma grave violação do direito internacional e um atentado à liberdade de imprensa. Para essas entidades, a ação se soma a um histórico preocupante de ataques contra comunicadores em zonas de conflito, especialmente em Gaza, onde as condições para o trabalho jornalístico são consideradas extremamente arriscadas.

Além de Sharif, morreram os repórteres Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, além de um assistente da equipe de produção. A Al Jazeera afirmou que a ofensiva foi “uma tentativa desesperada de silenciar vozes antes da ocupação de Gaza”, denunciando o que considera um padrão de ataques deliberados contra seus profissionais desde o início da guerra.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o míssil atingiu diretamente a tenda onde os jornalistas estavam abrigados, destruindo parte da estrutura e danificando a entrada do setor de emergência do Hospital Al-Shifa. A unidade médica já operava no limite, atendendo vítimas de bombardeios anteriores e sofrendo com a escassez de insumos básicos.

Desde o início do atual conflito entre Israel e Hamas, iniciado após os ataques de 7 de outubro, dezenas de jornalistas perderam a vida na região. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a guerra em Gaza já é um dos confrontos mais letais para profissionais da comunicação nas últimas décadas. Israel não apresentou, até o momento, novas evidências que sustentem as acusações contra Sharif.

Redação ANH




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