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Maceió,24/08/2025

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Água tratada não chega a todos: Pernambuco enfrenta desafios em áreas rurais

Assessoria
Água tratada não chega a todos: Pernambuco enfrenta desafios em áreas rurais Saneamento: quase 30% das residências no Brasil seguem sem ligação à rede de esgoto. (Carolina Gonçalves/Agência Brasil)

Pernambuco ainda enfrenta desafios em água, esgoto e coleta de lixo, aponta IBGE

Pernambuco segue enfrentando dificuldades significativas em saneamento básico e acesso a serviços essenciais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (22) e referente a 2024.

O estado apresenta 75,1% dos domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água, ocupando a 21ª posição no ranking nacional. Apesar de alguns avanços, o acesso à água tratada ainda não é universal, especialmente nas áreas rurais, onde quase 40% das residências dependem de fontes alternativas, como rios, açudes e caminhões-pipa. Esse cenário evidencia a persistente desigualdade territorial e limitações na infraestrutura de distribuição.

O esgotamento sanitário também é um desafio. Apenas 51,4% dos lares pernambucanos possuem ligação à rede de esgoto ou fossa séptica conectada à rede geral, colocando o estado na 11ª colocação nacional, empatado com Sergipe. No meio rural, o acesso é ainda mais restrito: apenas 1,46% das moradias têm escoamento adequado, enquanto mais da metade utiliza soluções improvisadas, como fossas rudimentares ou despejo direto em rios e valas.

Apesar do avanço na coleta de lixo, que em 2024 atingiu 87,5% dos domicílios, 82,8% por coleta direta e 4,8% por caçamba, ainda existem desigualdades. Cerca de 10% das residências continuam queimando resíduos em terrenos, prática mais comum em áreas rurais. Esses números mostram que, embora a cobertura tenha melhorado, ainda há lacunas significativas no manejo adequado de resíduos sólidos.

Para Fernanda Estelita, gerente de Planejamento e Administração do IBGE em Pernambuco, os dados demonstram que “os avanços na coleta de resíduos não compensam as deficiências no acesso a água e esgoto, principalmente fora dos centros urbanos. Isso impacta diretamente a saúde, a qualidade de vida e a equidade no estado”.

O estudo também revela uma tendência preocupante no abastecimento de água: nos domicílios urbanos, o acesso caiu de 90,2% em 2016 para 84,7% em 2024, enquanto nas áreas rurais houve recuo de 22,1% para 17,4% no mesmo período. O índice evidencia que, apesar de políticas públicas e investimentos em infraestrutura, o estado ainda está longe da universalização do saneamento.

Especialistas alertam que a falta de acesso adequado a água potável e saneamento básico continua sendo um fator de vulnerabilidade social, especialmente para crianças, idosos e populações mais pobres. Para mudar esse cenário, é necessária a ampliação de investimentos, planejamento estratégico e políticas públicas voltadas à universalização e à equidade territorial.

Redação ANH/PE




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