Queda nos casos de dengue em Teresina não dispensa cuidados, alerta FMS

Teresina registra queda nos casos de dengue, mas FMS reforça necessidade de vigilância da população
Teresina apresentou uma redução significativa nos casos confirmados de dengue em 2025. Entre janeiro e julho deste ano, foram contabilizados 2.932 registros da doença, contra 4.729 no mesmo período de 2024, uma queda de 38%. Apesar da melhora, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) alerta que o cenário ainda exige cautela e cuidados permanentes da população.
Segundo a FMS, o trabalho intensificado desde o início do ano foi decisivo para alcançar esse resultado. Equipes da Gerência de Zoonoses realizaram visitas domiciliares e em pontos considerados estratégicos, como borracharias e terrenos baldios, além de campanhas educativas e recolhimento de pneus, um dos principais focos do mosquito transmissor. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA) também foi concluído, permitindo identificar as áreas mais críticas para atuação.
Entre as medidas inovadoras está a implantação das chamadas ovitrampas, armadilhas que simulam o ambiente ideal para que o Aedes aegypti deposite seus ovos. As armadilhas são colocadas mensalmente, durante sete dias, em casas selecionadas das zonas Leste e Norte da capital. Esse monitoramento auxilia no mapeamento de áreas com maior incidência do vetor e orienta a intensificação das ações de controle.
Apesar da redução expressiva, especialistas ressaltam que a dengue continua sendo uma ameaça. A população deve permanecer atenta a sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, manchas vermelhas na pele, náuseas e, nos casos mais graves, sangramentos. O tratamento precoce é fundamental para evitar complicações.
Para o diretor de Vigilância em Saúde da FMS, Walfrido Salmito, a mobilização social é um dos pontos mais importantes no combate à doença. “Cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Se cada família fizer sua parte, eliminando a água parada de recipientes como caixas d’água, vasos de plantas e garrafas, será possível manter essa curva de queda nos casos. Essa é uma missão coletiva, que depende da participação de todos”, enfatizou.
Nos próximos meses, a FMS deve manter o calendário de visitas, campanhas de conscientização e o monitoramento com ovitrampas. A expectativa é que, com a manutenção das ações e a adesão da população, a cidade continue registrando redução nos índices da doença.
Redação ANH/PI
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