Soldado da PM é expulso após ser acusado de apoiar assaltos em Fortaleza

CGD mantém demissão de soldado acusado de envolvimento em assaltos em Fortaleza
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) decidiu manter a demissão do soldado Iury Bonfim Ribeiro, acusado de participação em um assalto no bairro de Fátima, em Fortaleza. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na última sexta-feira (22), rejeitou por unanimidade o recurso apresentado pela defesa do militar.
De acordo com a CGD, o conjunto de provas colhidas no processo administrativo disciplinar comprovou as transgressões cometidas pelo ex-policial, classificadas como de natureza grave. O órgão considerou ainda que os argumentos da defesa não foram suficientes para modificar a decisão sancionatória, que já havia sido adotada em 28 de março deste ano e tornada pública no DOE de 14 de abril.
Defesa tentou reverter decisão
No recurso, a defesa de Iury alegou que não havia configuração de falta disciplinar grave, pedindo que a exclusão da corporação fosse anulada. Subsidiariamente, pleiteou a aplicação de uma penalidade mais branda, em respeito aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. O Conselho de Disciplina, no entanto, negou todas as solicitações.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados do ex-militar, mas o espaço segue aberto para manifestações futuras.
Acusações e provas
Segundo o processo, Iury Bonfim foi flagrado por policiais em 25 de janeiro de 2022 conduzindo um veículo Jeep Renegade roubado dias antes no bairro Montese, em Fortaleza. A investigação apontou que o carro foi utilizado também para apoiar outro assalto, registrado em 22 de janeiro, em frente a uma padaria no bairro de Fátima.
Para a CGD, o comportamento do militar configurou “grave transgressão às normas e regulamentos que regem a conduta de um policial militar, demonstrando flagrante falta de ética profissional, integridade e consequente incapacidade de permanecer na ativa da corporação”.
Histórico de faltas disciplinares
Além do processo administrativo que levou à sua demissão, o ex-soldado também responde a ações judiciais por deserção. Em janeiro de 2025, a Polícia Militar o considerou desertor por não ter comparecido ao serviço durante dois dias consecutivos, após o término de uma Licença para Tratamento de Saúde (LTS) de 30 dias.
Importância da decisão
Casos como o de Iury Bonfim reforçam a atuação da CGD na tentativa de coibir práticas ilícitas dentro das forças de segurança. O órgão é responsável por investigar e punir condutas irregulares de policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários, funcionando como instância de controle externo para garantir a credibilidade das instituições.
Redação ANH/CE
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