Supersalários devem ser prioridade na reforma administrativa, diz Haddad

Haddad defende mudanças em supersalários e aposentadorias militares antes de qualquer reforma
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2/6) que medidas como o combate aos supersalários no serviço público e a revisão das regras de aposentadoria das Forças Armadas devem vir antes de qualquer outra votação no Congresso Nacional.
Segundo Haddad, essas mudanças são fundamentais para promover mais justiça e equilíbrio nas contas públicas. “Esses dois temas precisam ser enfrentados com prioridade. Eles deveriam anteceder qualquer outra pauta legislativa”, destacou o ministro.
Ao ser questionado sobre a reforma administrativa, Haddad disse que o governo já enviou ao Congresso propostas que tocam nesse tema, mas evitou tratar a reforma como prioridade isolada neste momento.
A declaração reforça o posicionamento da equipe econômica de que, antes de discutir mudanças estruturais mais amplas, é preciso corrigir distorções evidentes no sistema de remuneração e benefícios públicos.
Fernando Haddad, afirmou que a reforma administrativa deve começar pelo enfrentamento aos chamados supersalários no serviço público. A declaração reforça o compromisso do governo federal com a responsabilidade fiscal e a busca por maior justiça na estrutura de remuneração dos servidores públicos.
Atualmente, o teto constitucional do funcionalismo público é o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que está fixado em R$ 44 mil. No entanto, diversas brechas legais permitem que alguns servidores ultrapassem esse limite com o acúmulo de benefícios, gratificações e indenizações. Esses vencimentos acima do teto são considerados distorções que impactam diretamente as contas públicas.
Para Haddad, iniciar a reforma pelo corte de privilégios é um passo importante para reorganizar os gastos e recuperar a confiança da sociedade. “Precisamos combater os abusos antes de discutir qualquer outra mudança. É uma medida de justiça e equilíbrio fiscal”, destacou o ministro.
A proposta tem sido discutida como uma forma de avançar com o debate sobre a modernização do Estado sem prejudicar os servidores que atuam com dedicação em áreas essenciais. O foco inicial em ajustes pontuais e no combate aos excessos abre espaço para uma discussão mais ampla, futura e responsável sobre a reestruturação da administração pública.
Além da questão fiscal, a medida também atende a um apelo social por mais transparência, eficiência e equidade no uso dos recursos públicos.
Redação ANH/DF
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