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Governo Brasileiro Cobra Explicações dos EUA Após Ameaça ao Judiciário

Agência Brasil
Governo Brasileiro Cobra Explicações dos EUA Após Ameaça ao Judiciário Itamaraty Chama Chefe da Embaixada Americana para Prestar Esclarecimentos. Marcello Casal Jr

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) convocou, nesta quinta-feira (8), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre declarações e postagens recentes feitas pelo governo de Donald Trump que, segundo a diplomacia brasileira, configuram ameaças e ingerência nos assuntos internos do país.

A convocação foi realizada pelo secretário interino para Europa e América do Norte do Itamaraty, embaixador Flavio Celio Goldman, que recebeu Escobar em Brasília. Durante o encontro, o representante brasileiro expressou “profunda indignação” com o tom e o conteúdo das manifestações do Departamento de Estado e da embaixada norte-americana, classificando-as como “inaceitáveis”.

A polêmica teve início após o Departamento de Estado dos EUA, órgão equivalente ao Itamaraty, intensificar ataques nas redes sociais contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.

Na quarta-feira (7), a Embaixada dos EUA no Brasil chegou a publicar a tradução de um comunicado do secretário de diplomacia pública, Darren Beattie, alertando que “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes”, e afirmando que Washington estaria “monitorando a situação de perto”. Beattie ainda acusou o magistrado de “censura” e “perseguição” contra Bolsonaro.

O atrito diplomático se intensificou após os Estados Unidos imporem, no último dia 30 de julho, sanções econômicas contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, legislação que permite punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção. As sanções foram justificadas pelo julgamento da chamada “trama golpista”, que investiga tentativas de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, incluindo supostos planos para prender e assassinar autoridades públicas.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro teria pressionado comandantes militares para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ele nega as acusações. O ex-presidente também é alvo de apurações sobre articulações com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para pedir apoio político e sanções contra o Brasil junto ao governo norte-americano.

O Itamaraty reafirmou que considera as declarações do governo Trump uma afronta à soberania nacional e reiterou que seguirá adotando medidas diplomáticas para defender as instituições brasileiras de qualquer tentativa de intimidação externa.

Redação ANH




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