PRF faz megaoperação e apreende 143 kg de ouro ilegal na Amazônia Legal

PRF apreende mais de 143 kg de ouro na Amazônia Legal; carga vale mais de R$ 80 milhões
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, nesta semana, duas das maiores apreensões de ouro da sua história, totalizando 143 quilos do metal precioso, avaliados em mais de R$ 80 milhões. As ocorrências, no Pará e em Roraima, evidenciam a intensificação do combate ao garimpo ilegal na Região Norte.
A primeira operação aconteceu na segunda-feira (4), em Boa Vista (RR), na BR-401. Policiais abordaram uma caminhonete e encontraram 103 quilos de ouro maciço. O motorista foi detido e encaminhado à Polícia Federal (PF) junto com a carga. Esta ação já era, até então, a maior apreensão do ano.
Dois dias depois, na quarta-feira (6), outra equipe da PRF interceptou, em Altamira (PA), um veículo com quatro ocupantes — dois adultos, um adolescente e uma criança, que transportava cerca de 40 quilos de ouro na BR-230, conhecida como Transamazônica. Os adultos foram levados à PF, enquanto o adolescente e a criança ficaram sob responsabilidade do Conselho Tutelar.
Contexto e impacto ambiental
Tanto Pará quanto Roraima fazem parte da Amazônia Legal, território marcado pela pressão do garimpo ilegal e pela degradação ambiental, especialmente em áreas de preservação e terras indígenas. A atividade clandestina, além de provocar danos ambientais severos, movimenta um mercado ilegal de bilhões de reais, com implicações para o crime organizado e o financiamento de atividades ilícitas.
Segundo a PRF, o aumento das apreensões está diretamente ligado ao reforço do efetivo policial e à melhoria da estrutura de fiscalização na região. Desde 2023, o Plano Amazônia: Segurança e Soberania, coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, vem fortalecendo ações conjuntas entre forças de segurança e órgãos ambientais. O objetivo é conter atividades criminosas, preservar ecossistemas e proteger comunidades tradicionais e povos indígenas.
Operações integradas
As ações integram estratégias que envolvem monitoramento de rotas, inteligência policial e fiscalização de áreas estratégicas, como rodovias federais e pontos de escoamento de minérios. A PRF destaca que o transporte terrestre continua sendo um dos principais meios usados por grupos criminosos para deslocar ouro extraído ilegalmente, muitas vezes sem qualquer documentação.
Com essas duas apreensões, a PRF registra um marco importante no combate ao crime ambiental e econômico na Amazônia, mas reforça que a dimensão do problema exige operações permanentes e cooperação entre diferentes órgãos públicos.
Redação ANH/PI
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