Operação “LUX” investiga fraude milionária e cumpre mandados em Maceió e Pilar

Uma operação coordenada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) mira suspeitos de envolvimento em um esquema milionário de fraude fiscal e lavagem de dinheiro em Alagoas. A Operação “LUX”, deflagrada nesta quarta-feira (13), cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Maceió e Pilar, autorizados pela 17ª Vara Criminal da Capital, especializada no combate ao crime organizado.

Ao todo, 12 pessoas físicas e 14 empresas estão sob investigação por suposta emissão de milhares de notas fiscais falsas, com movimentação financeira estimada em até R$ 150 milhões. A operação busca desarticular um grupo econômico que, segundo investigações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AL), teria utilizado documentos fraudulentos para movimentar grandes quantias de dinheiro, prejudicando a arrecadação tributária e a concorrência leal no mercado.

Segundo o Gaesf (Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens), a atuação das empresas e indivíduos investigados não apenas compromete a receita pública, mas também afeta políticas públicas voltadas à população mais vulnerável, que depende de serviços financiados pelos tributos.

Estratégia investigativa e parcerias

A Operação “LUX” adotou uma metodologia multidisciplinar, envolvendo análise de documentos fiscais, cruzamento de dados e mapeamento de redes de empresas que atuariam em conluio para fraudar o sistema tributário. O trabalho contou com a colaboração da Sefaz/AL, Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL), Polícias Civil e Militar, Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e Polícia Científica, reunindo evidências robustas para sustentar ações judiciais futuras.

“O nome ‘LUX’ vem do latim lūx, que significa ‘luz’, simbolizando nosso objetivo de esclarecer e expor práticas ilícitas que comprometem a integridade do sistema econômico. A operação reafirma o compromisso do Ministério Público de Alagoas em identificar e responsabilizar suspeitos de fraudes fiscais, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além de reparar danos ao erário, buscamos promover ética empresarial e conformidade tributária”, afirmou o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf.

Impactos da operação

Especialistas apontam que ações como a Operação “LUX” têm papel central na proteção do mercado e da economia. A identificação e responsabilização de suspeitos fortalece o estado de direito, promove justiça fiscal e garante condições de competição justa para empresas que atuam dentro da legalidade. Para a população, o combate às fraudes significa maior segurança na aplicação de recursos públicos, reforçando políticas sociais e investimentos essenciais em saúde, educação e infraestrutura.

Redação ANH/AL