Crescimento populacional da Bahia permanece estável, abaixo de 1%

População da Bahia cresce menos de 1% e estado se mantém entre os mais populosos do país
A população da Bahia registrou crescimento de apenas 0,67% em relação ao ano passado, passando de 14,8 milhões para 14,9 milhões de habitantes. Com esse número, o estado segue na quarta posição entre as unidades federativas mais populosas do Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). Os números têm como referência a data de 1º de julho deste ano.
Em comparação, o Brasil como um todo soma 213,4 milhões de habitantes, aumento de 0,39% em relação aos 212,6 milhões registrados em 2024. Esses dados são essenciais para o Tribunal de Contas da União (TCU), servindo de base para o cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que representam a transferência de recursos da União para estados e cidades.
Como são calculadas as estimativas
O IBGE utiliza como referência o último censo demográfico, realizado em 2022, e projeta o crescimento populacional anualmente com base em indicadores como taxas de nascimento, mortalidade e migração. Essas estimativas não apenas orientam o planejamento do FPE e FPM, mas também são fundamentais para planejamento urbano, políticas públicas, educação, saúde e desenvolvimento econômico.
Distribuição da população entre os estados
Entre os estados mais populosos, São Paulo lidera com 46,1 milhões de habitantes, seguido por Minas Gerais (21,4 milhões), Rio de Janeiro (17,2 milhões) e Bahia (14,9 milhões). Logo depois aparecem Paraná (11,9 milhões), Rio Grande do Sul (11,2 milhões), Pernambuco (9,6 milhões), Ceará (9,3 milhões), Pará (8,7 milhões) e Santa Catarina (8,2 milhões).
O crescimento populacional relativamente baixo na Bahia, abaixo de 1%, reflete uma tendência de estabilização demográfica, observada também em outros estados mais populosos, que enfrentam queda nas taxas de natalidade e aumento da urbanização.
Impactos para estados e municípios
O levantamento populacional influencia diretamente a distribuição de recursos federais, definição de políticas públicas e planejamento de serviços essenciais como saúde, educação e transporte. Estados com maior crescimento populacional podem receber mais investimentos para atender à demanda crescente, enquanto aqueles com crescimento mais lento precisam focar na eficiência da gestão dos recursos disponíveis.
“As estimativas populacionais são mais do que números: elas determinam o quanto cada município e estado receberá em recursos federais e ajudam a planejar políticas públicas de forma mais justa e eficaz”, explica um especialista em demografia.
O acompanhamento contínuo da população permite ao governo e à sociedade identificar tendências, planejar investimentos e antecipar necessidades em áreas como infraestrutura, serviços públicos e desenvolvimento econômico, garantindo que o crescimento demográfico esteja alinhado com a capacidade de atendimento das cidades.
Redação ANH/BA
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