Alcolumbre mantém veto e não pautará impeachment de ministro do STF apesar da pressão da oposição

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reafirmou que não colocará em pauta o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mesmo diante da pressão da oposição, que ocupou o plenário da Casa até esta quinta-feira (7) exigindo o afastamento do magistrado. A declaração foi dada durante reunião com os líderes partidários, reforçando sua autoridade exclusiva para decidir sobre a pauta.
A oposição, insatisfeita com a decisão, buscava mobilizar os senadores para obter as 27 assinaturas necessárias para dar início ao processo, mas o presidente do Senado deixou claro que a decisão de pautar o impeachment não depende do número de assinaturas, e sim de uma avaliação jurídica aprofundada. Alcolumbre explicou que a Constituição e o regimento interno da Casa lhe conferem a prerrogativa de decidir quais assuntos serão colocados em votação, e garantiu que o tema será tratado com seriedade e responsabilidade.
A controvérsia se intensificou após a decisão do ministro Alexandre de Moraes em diversas ações relacionadas à Operação Lava Jato e outras investigações, o que motivou a oposição a pedir seu afastamento. No entanto, aliados do presidente do Senado destacam que pautar um impeachment contra um ministro do STF é um procedimento complexo e sensível, que requer não apenas respaldo político, mas também fundamentos jurídicos sólidos.
Alcolumbre também reforçou que manterá o diálogo aberto com todos os líderes partidários para buscar consensos em temas relevantes para o país, evitando que a Casa se transforme em palco de disputas que possam comprometer a estabilidade institucional.
Enquanto isso, a oposição promete continuar pressionando e articulando dentro do Senado para tentar reverter a decisão, mobilizando manifestações e reforçando o discurso crítico ao ministro. O cenário político segue tenso, com o Senado sendo palco de debates acalorados e expectativas sobre os próximos passos desse impasse entre os poderes Legislativo e Judiciário.
Redação ANH/DF
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