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Maceió,08/08/2025

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UFC determina cotas em empregos terceirizados para mulheres vítimas de violência

Assessoria
UFC determina cotas em empregos terceirizados para mulheres vítimas de violência UFC Exige de Empresas Terceirizadas Cota de Emprego para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. Foto: Thiago Gadelha

A Universidade Federal do Ceará (UFC) estabeleceu uma nova exigência para empresas prestadoras de serviços terceirizados que atuam na instituição: a reserva de vagas de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica. A medida, que passa a valer para todos os contratos firmados, segue determinação do decreto federal nº 11.430, de março de 2023, que regulamenta a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021).

Segundo o decreto, quando o edital prever a contratação de 25 ou mais colaboradores, pelo menos 8% das vagas deverão ser destinadas a mulheres nessa condição. Para contratos menores, o percentual poderá ser reduzido. Na prática, isso significa que setores como limpeza, vigilância, portaria e zeladoria, que funcionam em regime de dedicação exclusiva, terão de destinar parte de seu quadro de funcionários a trabalhadoras em situação de vulnerabilidade.

A UFC afirma que a medida não busca apenas atender à legislação, mas também reforçar seu compromisso institucional com a equidade de gênero, a proteção social e a inclusão de mulheres em situação de risco. O processo de indicação das candidatas será feito exclusivamente pela Secretaria das Mulheres do Ceará, de forma sigilosa, sem que a universidade ou a empresa exijam documentos comprobatórios da violência sofrida.

A secretaria estadual, que administra equipamentos como a Casa da Mulher Brasileira, em Fortaleza, e as Casas da Mulher Cearense no interior, também será responsável por manter um banco de dados com perfis e qualificações das candidatas, além de obter autorização para o envio de seus currículos às empresas.

As vagas reservadas contemplarão todas as identidades de gênero feminino, incluindo mulheres trans e travestis, com prioridade para mulheres negras — grupo que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, representa 63,6% das vítimas de feminicídio no país.

Atualmente, a UFC conta com cerca de 1.200 funcionários terceirizados para serviços contínuos. A partir de agora, sempre que houver desligamentos ou novas contratações, a prioridade será preencher o percentual de reserva com mulheres vítimas de violência doméstica.

De acordo com a Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (Proplad), houve um intervalo entre a publicação do decreto e sua aplicação nos contratos da UFC para permitir que a Secretaria das Mulheres estruturasse o banco de dados e articulasse as candidatas de forma segura. Todo o processo seguirá sob sigilo, garantindo a proteção das beneficiadas.

Redação ANH/CE




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